Espondilite Anquilosante: Sintomas, causas e tratamento

 

Autor: Dr. Fernando Henrique Carlos de Souza - médico reumatologista

A espondilite anquilosante é uma condição crônica que afeta principalmente a coluna vertebral, sendo mais comum em homens entre 20 e 40 anos. 

O diagnóstico precoce possibilita um melhor controle da doença, permitindo a adoção de medidas para retardar sua progressão e minimizar os impactos a longo prazo. 

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O que é Espondilite Anquilosante? 

Trata-se de uma doença reumatológica inflamatória autoimune, ou seja, em que o sistema de defesa da pessoa ataca o próprio corpo. A condição pode afetar regiões como: 

  • Coluna vertebral 

  • Articulações sacroilíacas (entre o final da coluna vertebral e a pelve)  

  • Juntas 

  • Tendões 

O que causa Espondilite Anquilosante? 

Ainda não foi determinada uma causa exata para a doença. No entanto, acredita-se que fatores hereditários tenham um papel crucial para a condição.  

Geralmente, pessoas com espondilite possuem em comum um marcador genético associado o antígeno leucocitário humano B27 (HLA-B27).  

A presença desse marcador associada por vezes a fatores ambientais e infecciosos contribuem para que a doença se manifeste. 
 

Quais são os sintomas? 

As manifestações podem variar de uma pessoa para a outra. De modo geral, os sintomas mais comuns incluem: 

  • Dor nas nádegas: geralmente, os sintomas surgem à noite, em repouso  

  • Dores na coluna: geralmente surgem à noite, em repouso, associadas à rigidez matinal prolongada na coluna (habitualmente acima de 1 hora), que diminui de intensidade ao longo do dia após movimentação. 

  • Artrite: inflamação e dor nas articulações, principalmente dos membros inferiores, como joelhos e tornozelos. A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna pode causar dor no peito, que piora com a movimentação e respiração profunda. 

  • Inflamação em outras áreas: geralmente, além das articulações, pode causar dor local onde o tendão se liga ao osso. Ainda pode acometer outros órgãos, principalmente os olhos, em um quadro chamado uveíte. 

Alguns pacientes chegam a relatar um cansaço generalizado, com perda de apetite e peso. 
 

Como é feito o diagnóstico de Espondilite Anquilosante? 

Para a investigação e confirmação do diagnóstico, juntamente com as manifestações clínicas desta doença, podem ser solicitados pelo médico: 

  • Exames de imagem: especificamente da coluna, de uma articulação chamada sacroilíaca. Trata-se de uma articulação que faz conexão entre a base da coluna (osso sacro) e os ossos da bacia (ilíacos). 

  • Exames de sangue: gerais e/ou específicos que avaliam medidas de inflamação no sangue, como o VHS (Velocidade de hemossedimentação) ou o PCR (Proteína C Reativa).  

  • Teste genético: feito por meio de uma amostra de sangue que revela se o indivíduo possui ou não o HLA B27, marcador genético associado à espondilite anquilosante. 

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Espondilite Anquilosante tem cura? 

Não há cura para a espondilite anquilosante. No entanto, quando diagnosticada e tratada corretamente, é possível evitar sequelas como perda de mobilidade. 

Como é o tratamento para Espondilite Anquilosante? 

O tratamento visa desacelerar a evolução da doença, além de aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Nesse sentido, algumas alternativas são: 

  • Uso de anti-inflamatórios: atuam para reduzir a inflamação e, consequentemente, o processo doloroso.  

  • Imunossupressores e medicamentos biológicos: são os medicamentos utilizados para controlar a agressão ao corpo do paciente pelo sistema imunológico. Assim, controlando-se a causa, melhora-se, consequentemente, a inflamação. 

  • Fisioterapia e orientação de exercícios físicos: a fim de melhorar a flexibilidade, reduzir a dor e manter uma postura adequada. Recomenda-se, por exemplo, alongamentos e exercícios específicos para o fortalecimento muscular. 

Vale ressaltar que estes tratamentos devem ser indicados por um reumatologista, diante de uma individualização terapêutica. Por vezes, o acompanhamento pode ser feito em conjunto com outros especialistas. 

Por isso, lembre-se: ao sentir qualquer sintoma, procure um médico de sua confiança.

 

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