Exames de gravidez: Saiba quais são os exames mais importantes durante a gestação


Dr. Jurandir Passos - ginecologista

 

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Primeiro Trimestre: Quais os primeiros exames de pré-natal?

Acompanhar a saúde durante a gestação é essencial para segurança da mãe e do bebê. Para isso, é importante conhecer e realizar os exames do pré-natal após uma consulta com o obstetra.

Abaixo estão listados os primeiros exames que, geralmente, são pedidos no primeiro trimestre da gestação para iniciar o acompanhamento:

  • Tipagem sanguínea e fator Rh; 
  • Teste de Coombs indireto nas pacientes Rh negativo; 
  • Hemograma; 
  • Urina tipo I; 
  • Urocultura e antibiograma;
  • Glicemia de jejum; 
  • Exame parasitológico de fezes; 
  • Citologia cérvico-vaginal (Papanicolaou); 
  • Sorologia para sífilis (VDRL);
  • Sorologia ELISA anti-HIV; 

O obstetra poderá, ainda, solicitar exames complementares, principalmente se a gestante tiver alguma comorbidade, como hipertensão arterial, diabetes melitus, entre outras.

Além desses exames laboratoriais, podem ser realizadas, de forma ideal, 2 exames ultrassonográficos. Um primeiro, entre a 8ª e a 10ª semana de gestação, realizada, preferencialmente, pela via transvaginal e tem por função: confirmar o local da gestação (se tópica ou ectópica), o número de embriões (diagnóstico de gestação gemelar, por exemplo), a vitalidade embrionária e já poder diagnosticar evoluções desfavoráveis da gestação, como um processo de abortamento ou gestação molar, dentre outras.

O segundo exame ultrassonográfico, de grande importância, é a ultrassonografia morfológica de 1º trimestre. Esse exame é realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação e visa pesquisar os riscos de síndromes e/ou malformações fetais. Essa pesquisa pode ser aprimorada com a dosagem sérica de marcadores bioquímicos, como o PAPP-A e a fração livre do b-hCG. Se houver a intenção de pesquisar o risco de hipertensão na gestação, pode ser associado, a esses dois anteriores, a pesquisa do Plgf,

Esses marcadores bioquímicos são substâncias dosadas no sangue materno e associados no momento do cálculo de risco para síndromes e de desenvolvimento de hipertensão arterial ao longo do processo gestacional. Essa associação permite elevar a sensibilidade diagnóstica da ultrassonografia de cerca de 90% para perto de 97%, fazendo, assim, que menos gestantes sejam submetidas a exames complementares invasivos para o diagnóstico de síndromes genéticas fetais, suspeitados nas ultrassonografias morfológicas do primeiro trimestre.

Com relação à dosagem do Plgf, a associação dos níveis séricos materno dessa substância com a avaliação pressórica materna no momento do exame morfológico de 1º trimestre e da avaliação dopplervelocimétrica das artérias uterinas materna, dá, ao obstetra, o risco que essa gestante teria de desenvolver quadro hipertensivo ao longo da gestação, que pode se agravar, tornando-se um quadro de pré-eclâmpsia ou mesmo, de eclâmpsia, o que colocaria em risco, não só o bebê, mas a gestante também. Tendo essa informação de risco, o obstetra teria a possibilidade de utilizar o ácido acetilsalicílico (AAS), que diminui o risco de desenvolvimento da hipertensão na gestação, desde que o mesmo seja iniciado até a 16ª semana de gestação.

Exames do segundo trimestre de gravidez

Os exames do segundo trimestre de gravidez são realizados entre a 15ª e a 27ª semana de gestação. Neste grupo de exames existe uma atenção especial para avaliar o desenvolvimento do bebê e o risco de prematuridade, através da ultrassonografia morfológica do 2º trimestre e a medida do colo uterino, realizados entre a 19 ª e a 24ª semana de gestação.

Os exames laboratoriais complementares são: 

  • Urina e urocultura;
  • Hemograma;
  • Glicose;
  • VDRL;
  • Curva Glicêmica ou teste de tolerância à glicose (avaliação de diabetes gestacional)
  • Repetição de exames que se mostraram alterados no primeiro trimestre ou para controle de comorbidade da gestante.

     

Exames do terceiro trimestre de gravidez

Os exames do terceiro trimestre de gravidez são realizados entre a 28ª semana até o nascimento do bebê, alguns exames serão repetidos, como no segundo trimestre, e servem para acompanhar a saúde materna, verificar o desenvolvimento do bebê e para mapear riscos inerentes ao momento do parto.

Os exames são:

  • Hemograma completo;
  • VDRL e controles sorológicos que forem necessários;
  • Cultura vaginal e retal para a pesquisa de Streptococcus do grupo β hemolítico;
  • Exame de urina tipo I;
  • Repetição de exames que se mostraram alterados no primeiro trimestre ou para controle de comorbidade da gestante.

Na avaliação direta do bem-estar fetal, temos:

  • Cardiotocografia (CTG).
  • Ultrassonografia obstétrica com ou sem Dopplerfluxometria colorida
  • Perfil biofísico fetal
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Procedimentos invasivos

Na gravidez, algumas mulheres podem necessitar de procedimentos invasivos, para análise do material genético fetal. Esses exames são feitos para determinação do cariótipo fetal, sexo e diagnóstico de doenças metabólicas hereditárias e para avaliar a maturidade do feto. 

Conheça um pouco sobre os procedimentos invasivos disponíveis no período da gestação: 

Biópsia de vilo corial

O exame de biópsia de vilo corial (BVC) é realizada entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, com a introdução de uma fina agulha no útero, guiado por ultrassom, e assim é retirada uma amostra da placenta, a qual tem a mesma carga genética do bebê. Através de sua análise, é possível determinar se o feto é portador de alguma anomalia genética, normalmente suspeitada pela ultrassonografia morfológica de 1º trimestre.

Amniocentese

O exame de amniocentese é realizado a partir da 15ª semana de gestação, consiste numa pequena coleta direta do líquido amniótico por uma fina agulha, também guiada por ultrassom.

Esse exame além de possibilitar a carga genética do bebê, como na BVC, avalia também infecções congênitas e a maturidade pulmonar.

 

Testes genéticos para grávidas

Durante a gravidez a mulher pode ser aconselhada a fazer exames genéticos para acompanhar a saúde do bebê. A solicitação é específica e deve levar em consideração suspeitas clínicas, história gestacional pregressa, idade materna, consanguinidade dentre outros fatores. Existem perto de 100 exames genéticos que podem ser realizados no período gestacional, desde avaliações pré-implantacionais, nos casos de fertilizações “in vitro”, como durante o período gestacional. Dentre esses, no período gestacional, destacam-se:

  • CGH/SNP Array: Esse exame é uma ferramenta para ajudar a identificar síndromes genéticas, causadas por anomalias gênicas, que são alterações que o cariótipo por banda G não conseguiria detectar;
  • Pesquisa de mutação pontual pré-natal: Esse exame identifica uma mutação específica no feto, que pode ser hereditária.
  • Teste pré-natal de aneuploidias através da análise do exoma completo por NGS: Esse exame avalia mais de 20.000 genes fetais e são utilizados para a pesquisa de doenças gênicas, principalmente quando não há histórico familiar e é detectada alguma alteração fetal durantes os exames ultrassonográficos morfológicos.
  • Teste pré-natal por PCR: Esse exame serve para identificar doenças hereditárias, analisando os cromossomos 13, 18, 21, X e Y. É uma forma mais rápida, mas menos utilizada, por se restringir apenas à pesquisa dessas alterações cromossômicas.

Por que fazer exames genéticos na gestação?

Fazer exames genéticos durante a gestação é de extrema importância frente a casos de malformações diagnosticadas pelos exames ultrassonográficos. Identificar precocemente essas síndromes genéticas permite a individualização do acompanhamento pré-natal, bem como iniciar tratamentos e cuidados prévios ao nascimento.
 

Exames disponíveis para complementar o pré natal tradicional

Exames complementares durante a gestação pedidos pelo médico no Pré-natal, para ter uma análise mais ampla da saúde do bebê.

NIPT

O NIPT é um exame não invasivo, que avalia se há um risco de cromossomopatias fetais, através de uma coleta de sangue da mãe. 

Sexagem Fetal

O exame de sexagem fetal investiga se há o cromossomo Y no sangue materno, assim indicando que o bebê é do sexo masculino, mas se estiver ausente no sangue, indica que o sexo do bebê é feminino.

RH Fetal

Esse exame detecta com a coleta de sangue da mãe o fator Rh do bebê, que é importante saber caso o Rh da mãe for negativo e ter o risco de ocorrer a isoimunização rH, que pode levar a uma anemia intensa do bebê e culminar com seu óbito intra-uterino.

Perguntas comuns

Quantas vezes se faz exame de sangue na gravidez?

Exames de sangue podem ser feitos várias vezes durante a gestação, mas, geralmente, uma vez a cada trimestre.

O que deve ser feito na primeira consulta de Pré-natal?

Na primeira consulta, o médico fornecerá todas as orientações a respeito dos exames de pré-natal que devem ser feitos, se há necessidade de complementação vitamínica ou não e das vacinas que precisam ser atualizadas para esse período. 

Quantas horas de jejum para fazer exame de sangue na gravidez?

Isso dependerá do exame de sangue que será coletado. Alguns não necessitam de jejum, enquanto outros precisam. Os preparos dos exames são passados após o agendamento online.

Qual é o exame de sangue que detecta gravidez?

O exame de sangue para detectar a gravidez é a dosagem sérica do b-hCG. Para realizar o exame, o recomendado é aguardar 15 dias após a fecundação, ou após 5 a 10 dias de atraso menstrual.

ATENDIMENTO DOMICILIAR

Com o Delboni, você pode realizar exames em nossas unidades e também conta com a opção do atendimento móvel que vai até você sem taxa de deslocamento.

 

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