Sarampo: sintomas, transmissão, tratamento e vacina

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Autora: Dra. Luisa Frota Chebabo - infectologista da Dasa 

 

O sarampo é uma infecção potencialmente grave e acomete mais frequentemente crianças pequenas. A doença já apresentou alta incidência no Brasil e no mundo, mas atualmente pode ser evitada pela vacinação. 

Saiba mais sobre o sarampo, os sintomas, transmissão, tratamento e como evitar a doença de forma segura e altamente eficaz.

O QUE É SARAMPO? 

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, transmissível e extremamente contagiosa. É causada por um vírus RNA pertencente à família Paramyxoviridae e ao gênero Morbillivirus. Acomete principalmente crianças, mas pessoas não vacinadas de qualquer faixa etária estão suscetíveis à doença. 

A transmissão do sarampo ocorre após o contato com alguém doente e a melhor forma de prevenção é a vacinação. Nos últimos anos, tem sido observado o aumento do número de casos da doença em todo o mundo devido à redução na taxa de cobertura vacinal. 

COMO OCORRE A TRANSMISSÃO DO SARAMPO? 

A transmissão ocorre através do contato com gotículas de secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas expelidas durante a fala, tosse, espirro e respiração. Também é possível o contágio por contato com aerossóis com partículas virais, que podem permanecer por longos períodos no ambiente, principalmente em locais fechados com pouca ventilação.  

PRINCIPAIS SINTOMAS DE SARAMPO 

Os principais sintomas são: 

  • Febre alta;  

  • Tosse persistente; 

  • Conjuntivite; 

  • Coriza; 

  • Manchas avermelhadas no corpo; 

  • Manchas de Koplik (pequenos pontos brancos na mucosa bucal) 

 

O sarampo é uma doença potencialmente grave e pode evoluir com infecções respiratórias, otites e complicações neurológicas.

QUAL A FAIXA ETÁRIA ATINGIDA PELA DOENÇA? 

O sarampo acomete com mais frequência crianças e adultos jovens, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.

COMO SABER SE É SARAMPO? 

Os sinais, sintomas e a epidemiologia podem auxiliar bastante no diagnóstico. Mas para o diagnóstico de certeza, é possível a realização do exame de sorologia para a identificação dos anticorpos IgM e IgG. Os anticorpos específicos da classe IgM podem ser detectados na fase aguda da doença, desde os primeiros dias de sintomas até quatro semanas após o aparecimento das manchas no corpo (exantema). Os anticorpos IgG podem eventualmente ser detectados concomitantemente ao IgM na fase aguda da doença, e permanecerão positivos para o resto da vida como marcadores de infecção prévia. Há também a possibilidade de realização da identificação viral por meio de reação em cadeia de polimerase (PCR), porém é um exame de maior custo e que só deve ser realizado até o 5º dia após o aparecimento das manchas no corpo. 
  

QUANDO PROCURAR O MÉDICO? 

Se o paciente tiver tido contato com alguma pessoa diagnosticada com sarampo, ele deve procurar atendimento médico se apresentar qualquer um dos sintomas listados acima. 

Se a pessoa não tiver história de contágio, é importante procurar atendimento se apresentar febre e manchas no corpo acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. 

Se o paciente já tiver o diagnóstico de sarampo, ele deve ficar atento aos sinais de alarme e procurar atendimento se mantiver febre por mais de 3 dias após o aparecimento das manchas avermelhadas no corpo. 

QUAL O TRATAMENTO PARA A DOENÇA? 

Não há tratamento específico para a doença. Normalmente são usados medicamentos sintomáticos, além de ser recomendado repouso, hidratação e isolamento. 

Em crianças é recomendada a administração de vitamina A para reduzir a ocorrência de casos graves, sendo que a dosagem varia de acordo com a idade. 

Em caso de complicações com infecções secundárias, pode ser necessário o uso de antibióticos.  

QUEM JÁ TEVE SARAMPO PODE PEGAR NOVAMENTE? 

A infecção pelo sarampo gera imunidade permanente.  

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES E SEQUELAS DO SARAMPO 

O sarampo é uma doença perigosa que pode evoluir com complicações respiratórias e neurológicas, podendo deixar sequelas e levar à óbito. Pessoas desnutridas, recém-nascidos, gestantes e pessoas portadoras de imunodeficiências são as populações mais suscetíveis a estas complicações. 

 

Leia também: Paciente Imunodeprimidos

 

COMO SE PREVENIR DO SARAMPO? 

A única forma de prevenção é tomando a vacina contra sarampo.   

QUAL A VACINA CONTRA O SARAMPO? 

A vacina tríplice viral é atenuada, contendo os vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba.  

Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses. Nessa segunda aplicação é indicada preferencialmente a aplicação da vacina tetraviral, que inclui a proteção contra a Varicela (catapora)

Após essa faixa etária, se o paciente não tiver sido vacinado, são recomendadas duas doses da vacina tríplice viral, com intervalo de um a dois meses entre elas. 


QUEM NÃO PODE TOMAR A VACINA? 

A vacina é contraindicada para: 

  • Pessoas em uso de medicamentos imunossupressores; 

  • Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer; 

  • Pessoas que receberam transplante de medula óssea; 

  • Gestantes; 

  • Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora. 
      

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