Citomegalovírus: muitas vezes assintomática, condição pode causar complicações graves

Citomegalovírus

Autora: Dra. Ligia Pierrotti, médica infectologista da Dasa, especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias. 

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O citomegalovírus (CMV) é um vírus da família dos herpesvírus, conhecido por sua ampla disseminação e pelo fato de permanecer latente no corpo após a infecção inicial. Geralmente, o CMV é assintomático, mas pode representar um risco significativo para gestantes, bebês e pessoas com o sistema imunológico comprometido. Acompanhe a leitura para saber mais sobre a forma de transmissão, tratamento e riscos do citomegalovírus. 

Citomegalovírus: o que é? 

O citomegalovírus é um vírus pertencente à família Herpesviridae, o que o coloca na mesma categoria dos vírus do herpes simplex e da catapora. Uma de suas características principais é a capacidade de permanecer no corpo humano em estado latente, podendo se reativar em condições de baixa imunidade, como no caso de pacientes transplantados.    

A infecção por CMV é muito comum e, geralmente, inofensiva em pessoas saudáveis. Estima-se que entre 50% e 90% da população adulta do mundo já tenha sido infectada.  A maioria das pessoas não sabe se já teve infecção pelo CMV porque a maioria das pessoas tem infecção primária assintomática, ou com poucos sintomas, sem diagnóstico específico. Entretanto, é possível checar se uma pessoa já foi infectada pelo teste de sorologia para o citomegalovírus. 

Como ocorre a transmissão do citomegalovírus? 

A transmissão do citomegalovírus ocorre principalmente por meio do contato com fluidos corporais contaminados, como saliva, urina, sangue, sêmen e leite materno. Sendo assim, o vírus pode ser transmitido de pessoa para pessoa através de: 

  • Contato direto com saliva ou secreções, o que é comum em ambientes como creches ou escolas; 

  • Relações sexuais, por meio do contato com sêmen ou fluidos vaginais infectados; 

  • Transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados; 

  • Durante a gestação ou parto, da mãe para o bebê (transmissão vertical); 

  • Amamentação, se o leite materno estiver contaminado. 

O citomegalovírus é altamente prevalente em locais com grande aglomeração de pessoas, como creches, onde as crianças pequenas frequentemente entram em contato com saliva e urina umas das outras. A maioria das pessoas vai ter a infecção primária ao longo dos primeiros anos de vida. 

Citomegalovírus na gestação: principais riscos 

Um dos maiores perigos relacionados ao citomegalovírus está na infecção durante a gestação. Quando uma mulher grávida contrai o CMV pela primeira vez ou tem uma reativação do vírus, ele pode ser transmitido para o feto e resultar em uma série de complicações para o bebê, incluindo: surdez congênita; microcefalia; atraso no desenvolvimento neurológico; baixo peso ao nascer e parto prematuro. 

A infecção congênita por CMV é uma das principais causas de problemas neurológicos em recém-nascidos e crianças pequenas, destacando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce em gestantes. 

Nos pacientes imunocomprometidos, como pessoas vivendo com HIV/aids ou em uso de drogas imunossupressoras, o citomegalovírus pode estar relacionado a várias complicações, como pneumonite, hepatite, retinite e meningite. Geralmente a doença citomegálica no paciente imunodeprimido ocorre por reativação do vírus latente, mas, menos comumente, pode ocorrer por infecção primária em um indivíduo sob imunossupressão. 

 
Sintomas da infecção 

Em adultos saudáveis, a infecção por citomegalovírus é, na maioria das vezes, assintomática. No entanto, quando os sintomas aparecem, podem incluir: 

  • Febre; 

  • Fadiga; 

  • Dores musculares; 

  • Dor de garganta; 

  • Glândulas inchadas. 

Em pacientes imunodeprimidos, como pacientes transplantados ou com HIV, a infecção pode se manifestar de maneira mais grave, levando à pneumonia, hepatite e doenças oculares, como a retinite. 

Qual médico procurar? 

Se você suspeita de uma infecção por citomegalovírus ou está grávida e preocupada com os riscos associados, o primeiro profissional a ser consultado é o infectologista. Este especialista é capacitado para diagnosticar e tratar infecções virais como o CMV.  

Em casos específicos de gestantes, um acompanhamento próximo com o obstetra também é essencial, especialmente se houver sinais de infecção congênita. 

Como o citomegalovírus é diagnosticado? 

O diagnóstico da infecção pelo citomegalovírus é feito por meio de exames de sangue que detectam anticorpos específicos contra o vírus. Para o diagnóstico da doença citomegálica, como a condição de reativação viral em pacientes imunodeprimidos, testes de DNA viral podem ser usados para confirmar a presença do material genético do CMV no sangue ou em outros fluidos corporais. 

Em gestantes, exames como a amniocentese (coleta de líquido amniótico) podem ser realizados para verificar se o vírus foi transmitido ao bebê. 

Para casos de infecção congênita, o diagnóstico precoce pode ajudar a determinar a melhor abordagem de tratamento e acompanhamento do bebê após o nascimento. 

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