Autor: Dr. Fábio Okamura, radiologista do Delboni.
Escanometria é um exame de imagem que fornece uma medição precisa dos ossos dos membros inferiores e superiores, permitindo avaliar diferenças de comprimento entre eles. Esse procedimento é útil tanto para diagnósticos ortopédicos como para planejar tratamentos de correção em casos de assimetria.
Escanometria: o que é e para que serve?
A escanometria é um exame que mede a extensão dos ossos, especialmente o fêmur e a tíbia, para verificar se existe alguma discrepância entre os comprimentos dos membros.
Diferenças no comprimento dos membros inferiores, ainda que sejam mínimas, podem provocar desequilíbrios no corpo, resultando em problemas de postura, dores articulares e sobrecarga muscular.
Dessa forma, a escanometria ajuda a identificar essas diferenças e auxilia no planejamento de tratamentos para corrigir ou minimizar os impactos de uma perna mais curta que a outra.
Esse exame é usado em diversos casos, como em crianças com desenvolvimento ósseo irregular, em adultos com sequelas de fraturas mal cicatrizadas e em indivíduos com disfunções congênitas que afetam o comprimento dos ossos.
Tipos de escanometria
Existem diferentes métodos para realizar a escanometria, cada um com vantagens específicas para diferentes tipos de avaliações. Os principais são:
- Escanometria radiográfica: o chamado método de FARRIL é mais comum e envolve o uso de raios X para medir o comprimento dos ossos. É bastante usado no planejamento de intervenções ortopédicas.
- Escanometria por tomografia computadorizada (TC): é realizada com uma tomografia, fornecendo uma visão tridimensional mais detalhada. É indicada para casos que necessitam de uma avaliação mais aprofundada de estruturas ósseas e articulações, proporcionando uma imagem mais precisa dos ossos.
- Escanometria digital: método moderno que utiliza tecnologias digitais para medir os ossos sem a necessidade de uma exposição prolongada a radiações.
- Escanometria ultrassonográfica: costuma ser recomendado em situações que requerem um método não invasivo e sem radiação, como em gestantes ou em pacientes pediátricos.
Ǫuando a escanometria é indicada?
A escanometria é recomendada em diversos contextos e condições, sendo os mais comuns:
Discrepância no comprimento dos membros
Quando há uma diferença no comprimento das pernas, seja por má-formação, trauma ou problemas de desenvolvimento ósseo. Nesses casos, o exame permite avaliar a extensão da discrepância e definir as estratégias de correção, como o uso de palmilhas ortopédicas ou até mesmo cirurgias.
Planejamento pré-operatório
Antes de cirurgias ortopédicas, como as de correção de deformidades ósseas ou de colocação de próteses, a escanometria é utilizada para medir com exatidão os ossos e ajudar na escolha dos implantes e procedimentos necessários.
Avaliação pós-fraturas
Em casos em que uma fratura possa ter alterado o comprimento dos ossos durante o processo de cicatrização, a escanometria ajuda a avaliar se há alguma diferença residual entre os membros, o que pode influenciar na mobilidade e no conforto do paciente.
Além disso, a escanometria pode auxiliar no monitoramento das deformidades ósseas e das diferenças de comprimento dos membros que podem surgir em pacientes com osteogênese imperfeita, já que eles, em geral, sofrem de fraturas repetidas e problemas de crescimento ósseo.
Doenças congênitas e síndromes genéticas
Crianças com algumas condições congênitas que afetam o crescimento ósseo podem necessitar de escanometria ao longo de seu desenvolvimento para acompanhamento e ajuste de tratamentos.
Avaliação em esportistas
Nesse caso, pequenas diferenças no comprimento das pernas podem afetar o desempenho e causar lesões repetitivas. A escanometria permite identificar tais diferenças para que ajustes possam ser feitos, evitando sobrecarga e melhorando o rendimento.
Concurso Públicos
Alguns editais solicitam exames para verificar aptidão física do candidato, e comumente a Escanometria de membros inferiores e/ou membros superiores é incluída na avaliação.
Como a escanometria é feita?
A escanometria é rápida, indolor e segura. O procedimento não requer preparo especial, mas, em casos de pacientes pediátricos ou ansiosos, pode ser necessário o acompanhamento de um responsável. A maneira como ela é feita depende do método escolhido.
No caso da escanometria por raios X, o paciente é posicionado deitado em decúbito dorsal, ou em pé, descalço, e permanece imóvel enquanto as imagens dos membros são capturadas. Um técnico em radiologia ajusta a máquina para garantir que o raio X cubra o comprimento dos ossos inteiros, desde o quadril até o tornozelo. Em alguns casos, é necessário que o exame seja feito em várias etapas para medir fêmur e tíbia separadamente, dependendo do equipamento e da extensão dos ossos.
A escanometria por tomografia envolve o uso de um aparelho de tomografia, onde o paciente é deitado e inserido na máquina para que as imagens tridimensionais sejam capturadas. Esse método pode ser um pouco mais demorado que o raio X, mas oferece detalhes mais ricos sobre a estrutura óssea.
Já o ultrassom é aplicado com um transdutor de ultrassom sobre a pele do paciente, projetando ondas sonoras que retornam com informações sobre o comprimento dos ossos.
Escanometria: preço e onde fazer?
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