NIPT: exame de pré-natal não invasivo

Autor: Dr. Ciro Martinhago - médico geneticista da Dasa Genômica

 

 

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O NIPT (sigla em inglês para teste pré-natal não invasivo) é um exame de sangue simples que as gestantes fazem para avaliar o risco de doenças cromossômicas no bebê. A seguir, veja detalhes de como funciona o teste NIPT, os tipos e quais condições ele pode detectar. 

 

O que é o NIPT? 

O NIPT é um exame realizado durante a gestação que usa uma amostra de sangue da mulher para avaliar o DNA do feto e detectar possíveis alterações cromossômicas na criança.

Assim, ele pode calcular a probabilidade de o bebê nascer com algumas síndromes, como Down, Edwards, Patau e alterações dos cromossomos sexuais, como síndrome de Turner e de Klinefelter.  

É importante dizer que o NIPT não oferece um diagnóstico definitivo da condição. Porém, ele pode direcionar a paciente para outros exames importantes nesta fase. 

 

Leia mais: Quais doenças o teste do pezinho pode detectar? 

 

Quando o exame NIPT é indicado?

Por ser um exame não invasivo, o NIPT pode ser feito por todas as mulheres grávidas, em especial as com mais de 35 anos e que tenham histórico familiar de alterações cromossômicas. A análise deve ser coletada após 9 semanas de gestação. 

 

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O que pode ser identificado através do NIPT

Entre as condições que NIPT pode detectar, estão:

  • Síndrome da deleção 22q11.2 (DiGeorge)  

  • Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21);   

  • Síndrome de Edwards (trissomia do cromossomo 18);    

  • Síndrome de Patau (trissomia do cromossomo 13);    

  • Síndrome de Turner (monossomia do cromossomo X);    

  • Síndrome de Klinefelter (aneuploidia do cromossomo sexual X);     

  • Síndrome do Triplo X (trissomia do cromossomo sexual X);   

  • Síndrome de Jacob (aneuploidia do cromossomo sexual Y).   

  • Síndrome de Cri-du-chat.  

Embora seja diferente do exame de sexagem fetal, o NIPT também oferece a possibilidade de descobrir o sexo do bebê.

Vale dizer, no entanto, que existem dois tipos de NIPT. O “básico” analisa o risco para alterações cromossômicas causadas por erros genéticos apenas nos cromossomos 21, 18, 13 (causadores das síndromes de Down, Patau e Edwards) e nos cromossomos sexuais (X,Y).  

Já o ampliado faz a análise de outros genes e microdelações, ampliando, portanto, o alcance e as síndromes que podem ser detectadas.  

 

Como é feito o exame?

O NIPT é feito por meio de coleta de sangue intravenoso da gestante. Por meio dessa amostra, é possível isolar o DNA fetal e decodificá-lo utilizando a técnica PCR.  
 

Quais são as alterações genéticas analisadas no NIPT?

O NIPT faz o sequenciamento do DNA fetal e rastreia as principais alterações cromossômicas que podem causar síndromes como Down e Edwards, Patau, causadas por erros genéticos nos cromossomos 21, 18, 13.

Já a análise dos cromossomos sexuais (X, Y) avalia o risco para síndrome de Turner e Klinefelter.

Existem ainda outra modalidade de NIPT chamada de Expandido ou Ampliado que inclui a análise de risco para alterações de genes causadores das síndromes de Prader-Willi, Angelman (microdeleção 15q11.2), Cri-du-chat (microdeleção 5p15.2), DiGeorge (microdeleção 22q11.2) e deleção 1p36.  

 

Outros exames importantes durante a gestação

Os exames de pré-natal são fundamentais para garantir a saúde da mãe e do bebê. Por meio deles, é possível detectar de forma precoce possíveis complicações e monitorar o desenvolvimento fetal.

De forma geral, esses exames como o ultrassom morfológico, os exames de sangue, as sorologias para doenças (como hepatites), entre outros que podem ser requisitados pelo médico, são essenciais para assegurar uma gravidez saudável e minimizar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.  

Vale destacar que cada gestação é única e os exames de acompanhamento devem ser conduzidos por obstetras qualificados.

 

 

Realizar os exames durante o pré-natal é a melhor estratégia para garantir uma gravidez saudável e um parto seguro.

 

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