Pericardite: o que é, sintomas e diagnóstico

pericardite

 

Autor: Dr. Otávio Gerbara, cardiologista do Hospital Santa Paula (SP). 

 

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A pericardite é uma inflamação do pericárdio, como é chamada a membrana que envolve o coração. Por isso mesmo, é uma condição que provoca dor aguda no peito e falta de ar, com bastante incômodo para o paciente. Continue a leitura para conhecer melhor essa doença e como ela pode ser tratada.

 

Pericardite: o que é? 

A pericardite é uma inflamação do pericárdio, uma membrana em forma de saco que envolve e protege o coração e os grandes vasos sanguíneos (que entram e saem do órgão).  

 

Causas da pericardite 

As causas da pericardite podem ser variadas, incluindo: 

  • Infecções causadas por vírus e bactérias; 

  • Doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus; 

  • Insuficiência renal; 

  • Doenças da tireoide (como hipotireoidismo e hipertireoidismo); 

  • Traumatismos na região do tórax ou cirurgia cardíaca; 

  • Infarto agudo do miocárdio; 

  • Uso de quimioterápicos; 

  • Neoplasias (câncer). 

 

Em alguns casos, a causa da doença não é identificada. Quando isso ocorre, a pericardite é considerada idiopática ou de causa desconhecida.  

 

Quais são os sintomas? 

Os sintomas mais comuns de pericardite são: 

  • Dor no peito, que pode piorar quando respira, tosse ou na posição deitado; mas melhora na posição sentado com o corpo inclinado para frente; 

  • Febre; 

  • Fadiga; 

  • Falta de ar; 

  • Taquicardia e palpitações; 

  • Palpitações; 

  • Tosse persistente; 

  • Náuseas e vômitos. 

 

Diagnóstico de pericardite 

O diagnóstico da pericardite é feito com base na avaliação clínica e do histórico de saúde e familiar do paciente. Além disso, alguns exames complementares podem ser requisitados pois ajudam a confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento. São eles: 

  • Raio-X; 

  • Eletrocardiograma

  • Ecocardiograma

  • Tomografia computadorizada; 

  • Ressonância magnética 

  • Exames laboratoriais de sangue (como hemograma completo).  

 

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Leia mais: conheça os exames mais importantes para se fazer no check-up médico 

 

Formas de tratamento 

O tratamento da pericardite depende da sua causa. Quando ela é provocada por outra doença (como nas infecções virais e bacterianas), por exemplo, o foco é tratar o problema para que a pericardite também melhore.  

Em casos mais leves, o tratamento é de suporte, ou seja, apenas visando melhorar os sintomas, com o uso de analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios (os antibióticos são usados apenas em infecções bacterianas).  

Caso a resposta não seja satisfatória, é possível utilizar corticosteroides para o controle da inflamação. Se o paciente estiver bem de saúde e não pertencer a nenhum grupo de risco, ele pode ficar em casa, desde que repousando. 

Quando a pericardite se torna grave, ela pode ter complicações. A pericardite constritiva ocorre quando a elasticidade do pericárdio diminui, atrapalhando o funcionamento do coração.  

Já o tamponamento cardíaco ou derrame pericárdico é quando há acúmulo de líquidos na cavidade pericárdica, impedindo o envio de sangue e oxigênio de forma normal para os órgãos do corpo.  

Nos dois casos, o paciente necessitará internação hospitalar e pode haver indicação de cirurgia para corrigir ou amenizar o quadro.

 

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