Autora: Dra. Rica Buchler, cardiologista dos laboratórios Delboni Auriemo (SP).
Por ser um problema quase sempre assintomático, a pressão alta (ou hipertensão arterial) é chamada pela American Heart Association de “assassina silenciosa”.
Crônica, a doença ocorre quando a pressão do sangue contra as paredes das artérias apresenta um nível elevado e anormal. Se não tratado e evitado, o quadro pode causar diversas complicações de saúde. Confira a seguir mais informações sobre o assunto.
Pressão Alta: o que é?
A pressão alta, hipertensão arterial ou hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica caracterizada pela elevação da pressão que impulsiona o sangue dentro de nossos vasos sanguíneos, acima de 140 por 90 mmHg.
No entanto, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) já considera uma pressão de 130/80 mmHg (ou 13/8 mmHg) como sendo acima do normal.
A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e o número obtido representa a força que o sangue tem ao ser bombeado e percorrer as artérias.
Principais causas para a pressão alta
A maioria das pessoas tem a hipertensão chamada primária, ou seja, não existe uma doença por trás do aumento da pressão. Alguns fatores que aumentam o risco para desenvolver o quadro são:
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Predisposição genética (casos de pressão elevada na família);
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Envelhecimento (aumento progressivo da pressão com a idade);
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Sedentarismo;
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Consumo de álcool elevado;
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Alimentação com alta ingestão de sal;
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Diabetes;
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Colesterol alto.
Como prevenir?
A prevenção da pressão alta se dá por medidas que reduzem e controlam os fatores de risco, ou seja: ter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, controle de peso, prática de atividade física, entre outros.
Quais riscos a pressão alta pode trazer?
Se não tratada adequadamente, há o risco de o indivíduo desenvolver problemas de saúde como AVC (acidente vascular cerebral), infarto e complicações na gestação e em idosos.
Sintomas de pressão alta
Na maioria das vezes, a hipertensão não apresenta sintomas. Quando há algum sintoma, eles podem ser:
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Dor de cabeça e na nuca;
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Tontura;
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Zumbido no ouvido;
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Falta de ar;
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Fraqueza;
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Cansaço;
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Palpitações;
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Alterações na visão;
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Sangramento nasal espontâneo.
No entanto, é importante dizer que, quando esses desconfortos surgem, isso já é um sinal de que a pressão está bastante elevada e há necessidade de buscar auxílio médico imediato.
Exames que auxiliam no diagnóstico
O maior desafio para o diagnóstico da pressão alta é que se trata de um inimigo oculto, ou seja, na maioria dos casos, ela é uma condição assintomática.
Por isso, realizar os exames de rotina é fundamental: dessa forma, é possível detectar qualquer fator de risco – como diabetes ou colesterol alto — e tratar de forma precoce; ou ainda identificar alterações na pressão arterial que não haviam sido notadas.
Nesse sentido, o médico provavelmente irá pedir exames de sangue como hemograma, glicemia de jejum, dosagem de hormônios e o lipidograma (que serve para checar o nível de colesterol no organismo e ainda se há indícios de triglicerídeos altos).
Clinicamente, no entanto, a pressão alta pode ser diagnosticada com base na alteração de pelo menos duas aferições de pressão por consulta, em pelo menos duas consultas.
Além do diagnóstico clínico, é importante ainda realizar exames de imagem e laboratoriais para avaliar a condição cardiovascular e a repercussão da hipertensão no organismo. Um dos exames usados na avaliação da saúde cardiovascular, a fim de detectar algumas anormalidades cardíacas, é o eletrocardiograma. Outros que também podem ser requisitados com essa finalidade incluem o teste ergométrico e o MAPA (monitorização ambulatorial da pressão arterial), em que o paciente tem sua pressão arterial avaliada por 24 horas.
Tratamentos para a pressão alta
Existem duas opções de tratamento para a pressão alta. O primeiro deles é baseado apenas na mudança do estilo de vida: ajustar a alimentação, manter um peso corporal saudável e praticar atividade física são medidas que podem ser suficientes para controlar o problema em alguns pacientes.
No entanto, além da mudança do estilo de vida, muitos vão precisar também de medicamentos para controlar a pressão alta. Existem muitos princípios ativos disponíveis atualmente para essa finalidade e a escolha é feita com base nas características do paciente.
Lembre-se que o tratamento para a pressão alta é contínuo e que nenhuma medicação deve ser suspensa sem a reavaliação do cardiologista. Em caso de dúvidas, converse sempre com o seu médico.
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