Sintomas de sífilis: quais são os primeiros sinais da doença

 

sintomas de sífilis

 

Autora: Dra. Sumire Sakabe, médica infectologista

 

A sífilis é uma doença infecciosa, cujas manifestações variam conforme a fase da doença. Existe cura para essa condição, mas, se ela não for tratada adequadamente, pode trazer complicações graves para os pacientes.  

Tendo isso em vista, é importante estar atento aos sintomas de sífilis e identificar a doença o quanto antes. 

O que é sífilis? 

A sífilis é uma IST (infecção sexualmente transmissível), causada pela bactéria Treponema pallidum.

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Quais são os sintomas da sífilis? 

Os sintomas de sífilis variam de acordo com o estágio da doença, que pode ser classificada em: primária, secundária, latente e terciária. 

Sífilis primária 

Na sífilis primária, que corresponde ao início da infecção, o sintoma mais característico é o aparecimento de uma ferida única e não dolorosa. 

Essa lesão surge no local do corpo que teve contato com a bactéria, como os lábios, a boca, o pênis, a vulva, a vagina ou o ânus. 

Muitas vezes, a ferida passa despercebida e desaparece sozinha, mesmo sem tratamento — o que não quer dizer que a pessoa esteja curada. 

Sífilis secundária 

A sífilis secundária começa a se manifestar depois de seis semanas a seis meses da fase primária. Nesse segundo estágio da doença, o paciente pode ter: 

  • Manchas no corpo (inclusive nas palmas das mãos e nas plantas dos pés); 

  • Febre; 

  • Mal-estar; 

  • Aumento dos linfonodos. 

Os sintomas de sífilis secundária também desaparecem sem tratamento. No entanto, isso não significa que a infecção foi resolvida. 

Além disso, há pacientes que não têm sintomas durante a sífilis secundária. 

Sífilis latente 

A sífilis latente é assintomática. Embora o paciente esteja infectado e precise de tratamento, a doença não gera manifestações. 

Sífilis terciária 

A sífilis terciária pode ocorrer após um ano do início da infecção, mas também pode demorar décadas para acontecer. 

Nesse estágio da doença, os sintomas de sífilis podem afetar diversas partes do organismo, incluindo o sistema nervoso central, os olhos, os ossos, o coração e a pele.  

Se for tratada tardiamente, a sífilis terciária é capaz de deixar sequelas graves. Se não for tratada, pode ser fatal. 
 

Como ocorre a transmissão da sífilis? 

A sífilis é transmitida por qualquer forma de ato sexual (vaginal, anal ou oral) desprotegido e pelo contato direto com as lesões (pelo beijo, por exemplo). 

Essa infecção também pode ser transmitida por transfusão de sangue contaminado ou pelo contato com materiais contaminados (como agulhas e seringas). 

Já no caso da sífilis congênita, a transmissão ocorre da gestante para o feto ao longo da gravidez ou durante o parto. Por isso, todas as mulheres que desejam engravidar devem ser testadas para sífilis, assim como as gestantes devem ser testadas ao longo do pré-natal e durante o periparto. 

Como é feito o diagnóstico da sífilis? 

A partir dos sintomas de sífilis, os médicos podem levantar a suspeita clínica nas fases primária, secundária ou terciária. 

A confirmação em si é feita em qualquer estágio (incluindo o da sífilis latente), por meio de exames de sangue específicos, como no caso do exame VDRL. Outra forma de diagnosticar a doença é pelo exame das lesões por microscópio. 

Quando uma pessoa é diagnosticada com sífilis (ou qualquer outra IST), é fundamental que as parcerias sexuais sejam prontamente avisadas para que também sejam testadas e tratadas. 

Vale dizer também que, mesmo não apresentando sintomas de sífilis, é importante que as pessoas que tenham relações sexuais desprotegidas ou se exponham a situações de risco sejam testadas periodicamente. Isso porque a doença pode ficar assintomática por muitos anos. 

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Qual é o tratamento? 

A sífilis é tratada principalmente com a penicilina benzatina, um antibiótico administrado via injeção intramuscular.  

Nos quadros mais graves, como em situações de sífilis terciária e sífilis congênita, o paciente é internado no hospital e tratado com penicilina endovenosa. 

Com o tratamento adequado, a sífilis pode ser curada. Isso, porém, não torna o indivíduo imune à doença — ou seja, ele pode ser infectado novamente caso haja contato com a bactéria Treponema pallidum.  

Qual médico procurar?  

Em geral, se alguém suspeitar estar com sintomas de sífilis, pode buscar um infectologista ou um clínico treinado. 

Nas formas graves da doença (terciária e congênita), o ideal é que haja a avaliação de profissionais especializados. No caso da sífilis congênita, o tratamento é feito por pediatras ou neonatologistas. 

No caso da sífilis terciária, o tratamento costuma ser feito pelo infectologista. Em situações específicas, como na sífilis ocular, é importante o acompanhamento de outros especialistas – nesse exemplo, o do oftalmologista. 

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