Tomografia com contraste: para que serve e quando é indicada

A tomografia com contraste é um exame de imagem utilizado para obter imagens detalhadas de estruturas internas do corpo humano e é considerado fundamental em diversas áreas, como diagnóstico de algumas doenças, planejamento e seguimento de tratamentos. Veja a seguir como o exame é realizado, quais os riscos do uso do contraste e como o paciente deve se preparar para o exame.

Tomografia com contraste: o que é e para que serve?

Antes de explicarmos o que é a tomografia com contraste, é importante entender como funciona a tomografia. Ela é um exame não invasivo que gera imagens de alta resolução dos órgãos internos do corpo. A técnica utiliza o mesmo tipo de radiação que a radiografia simples (os chamados raios-x), mas de forma mais sofisticada e com o auxílio de um computador.

Isso possibilita uma avaliação mais detalhada de órgãos e tecidos, criando imagens extremamente precisas das estruturas internas do corpo. Além disso, os equipamentos mais modernos são capazes de adquirir as imagens em um espaço muito curto de tempo (o que difere, por exemplo, de um estudo de ressonância magnética).

Quando a tomografia é realizada com o uso do contraste, em casos em que o médico solicitante ou o radiologista julgam necessário, fica mais fácil identificar algumas alterações específicas. Isso ocorre particularmente em casos de necessidade de avaliação de alguns vasos do corpo (aneurismas, dissecções, tromboses e tromboembolismos), sendo também potencialmente útil na avaliação de pacientes oncológicos.

O meio de contraste é um composto que pode ser administrado tanto por via oral como por via intravenosa. Ele é feito à base de iodo e, por isso, se o paciente possuir alergia prévia a esse elemento, é preciso que o médico seja informado antes de realizar o exame para que não ocorram complicações.

Quando o contraste é necessário na tomografia?

Em alguns casos, a tomografia com contraste é fundamental para realizar um diagnóstico confiável -- como na avaliação vascular. Outros casos em que o contraste pode ser importante são:

Planejamentos cirúrgicos;

Detecção de pequenas lesões em pacientes oncológicos;

Estudo interno dos órgãos como fígado, pâncreas, rins e bexiga.

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Possíveis efeitos do contraste

A tomografia com contraste é considerada um procedimento seguro. Por isso, reações como sensação de calor, gosto metálico na boca, náuseas e vômitos e/ou leve coceira são consideradas esperadas.

Em casos raros, podem ocorrer reações alérgicas, que variam de leves a graves, incluindo erupções cutâneas, dificuldades respiratórias e edema (inchaço). Dessa forma, é fundamental que os pacientes informem seus médicos sobre qualquer alergia pré-existente ou reações adversas a contrastes em exames anteriores.

Vale mencionar que pacientes com asma em vigência de crise aguda podem ter maior predisposição a broncoespasmo desencadeado pelo meio de contraste. Por isso, seu uso deve ser evitado nessas situações.

Como se preparar para o exame?

Antigamente, o preparo para a tomografia com contraste incluía realizar jejum de até oito horas, pensando justamente no possível enjoo que o contraste poderia causar no paciente.

Atualmente, no entanto, o pedido de jejum tem diminuído muito, sendo necessário apenas uma curta restrição alimentar de 2 horas ou menos para sólidos antes de realizar o exame – a ingestão de líquidos está liberada. Em alguns casos, inclusive, jejum pode não ser necessário.

Como dito anteriormente, pacientes com história de alergia prévia ao contraste iodado, bem como os indivíduos com alterações da função renal, devem relatar seu histórico para a equipe no momento de marcação do exame, para que possam ser tomadas as devidas providências antes do exame.

Tomografia com contraste precisa de acompanhamento?

Não existe necessidade de o paciente ter um acompanhante no exame; porém, caso ele se sinta seguro, pode, sim, pedir a alguém que o acompanhe ao laboratório.

Também não existe recomendação de acompanhamento médico após a realização da tomografia com contraste. As reações alérgicas ao meio de contraste são raras, e quando ocorrem, são precoces, logo após a injeção venosa. E, após a realização do exame, o meio de contraste iodado é filtrado pelos rins e posteriormente eliminado pela urina durante os dias seguintes.

Quem não pode tomar contraste?

Existem algumas situações em que o uso do contraste não é indicado e pode ser revisto, tais como:

Em casos de insuficiência renal grave (já que o contraste é eliminado após filtragem realizada nos rins);

Alergia ao iodo;

Pacientes com determinadas doenças da tireoide em planejamento terapêutico.

É importante informar ao médico sobre qualquer condição médica antes de realizar o exame.

Onde agendar tomografia com contraste?

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