Tomar a vacina herpes zóster é uma importante medida para diminuir o risco de desenvolver herpes zóster e ter neuralgia pós-herpética, uma dor crônica e intensa que persiste após o desaparecimento das lesões.
A vacina é administrada em duas doses, estando indicada a pessoas a partir de 50 anos, de forma geral, ou a partir de 18 anos, especificamente àquelas com risco aumentado para herpes zóster (como as imunossuprimidas).
O que é herpes zóster?
Popularmente chamado de cobreiro, o herpes zóster é uma doença infecciosa. Essa condição é causada pelo vírus varicela zóster (o vírus da catapora) e costuma gerar sintomas como:
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Erupções cutâneas somente em um lado do corpo;
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Dor, ardência e coceira na região das erupções cutâneas;
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Febre;
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Mal-estar;
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Dor de cabeça.
Pessoas com herpes zóster também podem apresentar neuralgia pós-herpética: uma dor crônica e intensa que permanece mesmo após o desaparecimento das lesões de pele. A duração desse problema é variada, podendo se estender por semanas, meses ou anos.
Como o vírus é transmitido?
O vírus varicela zóster é responsável pela catapora e pelo herpes zóster. Na primeira vez que um indivíduo é infectado por esse patógeno, surge a catapora. Depois, ainda que o quadro se resolva, o vírus continua latente no organismo. Eventualmente, ele pode ser reativado e, então, causar herpes zóster.
É mais comum que pessoas com catapora transmitam o vírus varicela zóster, pois essa é uma doença altamente contagiosa – enquanto o herpes zoster, especialmente quando localizado em uma região do corpo, não é considerado muito contagioso. As formas de transmissão incluem:
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Contato com secreções respiratórias (tosse, espirro e saliva, por exemplo);
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Contato com o líquido das lesões de pele;
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Contato com objetos contaminados.
Vacina herpes zóster: quem deve tomar?
Há atualmente uma vacina contra herpes zóster no Brasil: a recombinante inativada (Shingrix), aprovada pela Anvisa em 2022.
A Shingrix tem 91% de eficácia e é composta por uma proteína do vírus, e não pelo vírus vivo – sendo, por isso, segura quando administrada em pessoas imunossuprimidas.
A vacina herpes zóster recombinante é recomendada a:
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Pessoas com 50 anos ou mais (não sendo necessário pedido médico);
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Pessoas entre 18 e 49 anos com risco aumentado para herpes zóster (sendo necessário pedido médico).
Vacina herpes zóster: tivemos disponível outra vacina no Brasil?
Uma vacina mais antiga (Zostavax) esteve disponível no Brasil e foi descontinuada no início de 2023. Ela tinha 51% de eficácia e era composta pelo vírus vivo atenuado (ou seja, uma versão ativa enfraquecida do vírus varicela zóster).
Quem já teve herpes zóster pode se vacinar?
Sim, pessoas que já tiveram herpes zóster podem receber a vacina herpes zóster recombinante.
Além disso, ela pode ser administrada em indivíduos que tomaram a vacina antiga (Zostavax).
A vacina contra herpes zóster é aplicada em quantas doses?
A vacina herpes zóster é aplicada em duas doses, com um intervalo de dois meses. Para que o imunizante seja eficaz, é fundamental tomar ambas as doses.
Se houver necessidade de flexibilidade no esquema de vacinação, a segunda dose pode ser administrada até seis meses depois da primeira.
Preço e onde agendar a vacina herpes zóster
Para obter mais informações sobre a vacina herpes zóster, consultar preços, localizar a unidade do Delboni mais próxima da sua região ou conferir se o seu bairro recebe o serviço de atendimento domiciliar, basta acessar a nossas plataformas digitais.
Autora: Dra. Maria Isabel de Moraes Pinto, infectopediatra e médica consultora em vacinas da Dasa