Varicela zóster: infecção pelo vírus pode ser prevenida com vacina

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O vírus varicela zóster é responsável por causar duas infecções no organismo humano: varicela (catapora) e herpes zóster (cobreiro). Uma das principais formas de prevenir esses quadros é a vacinação. 

 

Varicela zóster: o que é?  

O varicela zóster é um vírus pertencente à família dos herpesvírus (Herpesviridae)

Os microrganismos desse grupo têm a capacidade de permanecerem no corpo do indivíduo mesmo após a resolução da primeira infecção. Eles continuam no organismo humano de maneira latente e, posteriormente, podem ser reativados e causar uma infecção distinta da inicial. 

 

Doenças causadas pelo vírus varicela zóster  

O vírus varicela zóster pode causar catapora e herpes zóster. 

Quando uma pessoa é infectada pela primeira vez, ocorre o desenvolvimento da catapora. Essa doença provoca manchas vermelhas e bolhas na pele – que surgem no rosto, no tronco e no couro cabeludo, depois atingindo o restante do corpo.  

Os pacientes também podem apresentar mal-estar, cansaço, dor de cabeça, perda de apetite e febre. Além disso, a cicatrização das lesões de pele costuma causar coceira. 

Depois da resolução do quadro de catapora, o vírus continua instalado no organismo – porém inativado. Se ele for reativado (devido a episódios de queda de imunidade, por exemplo), resulta no herpes zóster

Entre as manifestações, estão as erupções cutâneas que afetam apenas um lado do corpo, deixando a pele mais avermelhada e gerando pequenas vesículas (que podem arder, doer e coçar). É possível ainda que os pacientes tenham febre, mal-estar e dor de cabeça. 

Por fim, mesmo após o desaparecimento desses sintomas, alguns pacientes podem apresentar uma complicação chamada neuralgia pós-herpética, que corresponde a uma dor intensa e persistente. 

 

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Como ocorre a transmissão do varicela zóster?  

A transmissão do vírus varicela zóster pode ocorrer por: 

  • Contato com secreções respiratórias (expelidas por tosse ou espirro, por exemplo); 

  • Contato com o líquido das lesões de pele; 

  • Contato com objetos contaminados por secreções respiratórias ou pelo líquido das lesões de pele. 

Vale ressaltar que a transmissão é mais frequente em casos de catapora, pois ela é altamente contagiosa. Já o herpes zóster é considerado menos contagioso. 

 

Formas de tratamento  

Na maioria das vezes, o tratamento da catapora e do herpes zóster é feito com medicamentos para amenizar os sintomas. 

Podem ser administrados analgésicos, antitérmicos e antialérgicos. É importante que eles sejam indicados por um médico, pois o uso de substâncias com ácido acetilsalicílico, por exemplo, é contraindicado. 

Em casos específicos, nos quais há risco de agravamento da infecção, a condição pode ser tratada com o auxílio de um antiviral, que atua contra o vírus varicela zóster. 

 

Como prevenir a infecção por varicela zóster?  

A vacinação é a principal medida de prevenção contra o vírus varicela zóster. 

A vacina varicela protege contra a catapora. Ela faz parte do calendário de imunização infantil, sendo considerada adequadamente vacinada a criança que tenha recebido duas doses da vacina após 1 ano de idade. 

Crianças mais velhas, adolescentes e adultos que nunca tiveram catapora e não foram vacinados podem tomar duas doses separadas por um intervalo de 2 meses. 

Já a vacina herpes zóster atualmente disponível (Shingrix) protege contra o cobreiro e contra a neuralgia pós-herpética, seguindo um esquema de duas doses, com intervalo de 2 meses. Ela é recomendada a dois grupos: pessoas acima de 18 anos que tenham imunidade comprometida (devido a doença ou medicação) ou pessoas com 50 anos ou mais, independentemente de comorbidades. 

Vale dizer que esse imunizante pode ser administrado em indivíduos que já tiveram herpes zóster e também naqueles que tomaram a vacina herpes zóster antiga (Zostavax).

 

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Autora: Dra. Luisa Frota Chebabo, médica infectologista 

 

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