Autora: Aline Cristina Pereira Teles - endocrinologista
O diabetes tipo 1 ocorre quando há pouca ou nenhuma produção de insulina no nosso organismo. Como resultado, a glicose se acumula no sangue ao invés de ser usada como fonte de energia para o corpo.
Estima-se que entre 5-10% dos casos de diabetes correspondam ao tipo 1. É um quadro que costuma aparecer na infância ou adolescência, mas pode também ser diagnosticado na fase adulta.
Siga a leitura para descobrir mais sobre a doença, sintomas e tratamentos.
O que é diabetes tipo 1?
O diabetes tipo 1 é uma doença em que, por uma predisposição genética, o sistema imunológico erroneamente passa a atacar as células do pâncreas que produzem a insulina –o hormônio responsável por fazer com que o açúcar entre nas células e seja transformado em energia
Como resultado, pouca ou nenhuma insulina é produzida, fazendo com que o açúcar permaneça no sangue, provocando aumento nas taxas de glicemia e causando complicações à saúde do paciente.
O que causa a diabetes Mellitus tipo 1?
O diabetes tipo 1 é considerada uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico, por uma predisposição genética, ataca o próprio corpo – no caso, as células pancreáticas que produzem a insulina —e leva à deficiência parcial ou completa na produção de insulina.
Quais são os sintomas?
Os sintomas de diabetes tipo 1 mais comuns são:
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Excesso de urina;
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Excesso de sede;
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Perda de peso;
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Aumento do apetite.
Qual é a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2?
A principal diferença entre os dois tipos de diabetes é que, no tipo 1, há uma destruição das células do pâncreas que produzem insulina. Já no tipo 2, a produção de insulina existe, mas não é suficiente para manter o açúcar em níveis normais – quadro que também pode ser chamado de resistência à insulina.
Outra diferença é que o diabetes tipo 1 acomete principalmente crianças e adolescentes, enquanto o diabetes tipo 2 é diagnosticado geralmente em adultos e em crianças e adolescentes com obesidade.
Como é o diagnóstico da diabetes tipo 1?
O diagnóstico do diabetes tipo 1 é feito após a realização de exames, a partir da manifestação de sinais e sintomas pelo paciente. A detecção depende da alteração de, no mínimo, dois dos seguintes exames:
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Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl;
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Hemoglobina glicada maior ou igual a 6.5%; ou
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Glicemia acima de 200 mg/dl no tempo de duas horas no teste oral de tolerância à glicose.
Nos pacientes com diabetes tipo 1, também serão encontrados um ou mais marcadores de autoimunidade.
Como é o tratamento?
O diabetes tipo 1 é uma doença crônica, ou seja, não tem cura. Por isso, o paciente precisa realizar acompanhamento médico para o controle da patologia durante toda a vida.
O principal tratamento para controlar o aumento da glicemia no diabetes tipo 1 é a aplicação de insulina e o uso de medicamentos para controlar os níveis de glicose no sangue desde que com orientação e recomendação do médico especialista.
Além disso, o paciente deve adaptar seu estilo de vida, mantendo uma alimentação saudável e praticando atividade física, visando evitar complicações da doença.