A hiperplasia prostática é o termo médico usado para definir o aumento da próstata. Com o avanço da idade, até 80% dos homens podem apresentar aumento desta glândula. No entanto, em apenas metade desses casos, o crescimento é suficiente para comprimir a uretra, afetando a micção e causando desconforto. Na maioria das vezes, esse aumento é benigno e nem sempre precisa de tratamento.
Hiperplasia prostática: o que é?
A hiperplasia prostática ocorre quando a próstata aumenta de tamanho. Trata-se de uma condição benigna, ou seja, não está relacionada ao câncer. Essa condição é mais comum em homens mais velhos.
A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, que envolve a uretra, o canal responsável por conduzir a urina da bexiga para o exterior do corpo. Normalmente, ela tem o tamanho de uma noz, mas, quando cresce excessivamente, pode causar sintomas incômodos.
Fatores de Risco
Os principais fatores de risco para a hiperplasia prostática benigna são a idade avançada, especialmente em homens acima de 50 anos, e um histórico familiar da condição.
Níveis elevados de testosterona, obesidade, e a presença de condições como síndrome metabólica - conjunto de alterações metabólicas, como obesidade abdominal, hipertensão, hiperglicemia, níveis baixos de HDL e triglicerídeos elevados - também aumentam o risco.
Fatores hormonais, como altos níveis de diidrotestosterona (DHT), hábitos alimentares inadequados e falta de atividade física também contribuem com o surgimento da condição.
Sintomas da hiperplasia prostática
Os sintomas mais frequentes da hiperplasia prostática são:
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Dificuldade para urinar.
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Fluxo urinário enfraquecido.
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Aumento da frequência urinária, especialmente à noite, levando o homem a acordar para ir ao banheiro.
Outros sintomas que podem surgir:
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Sensação de bexiga cheia mesmo após urinar.
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Gotejamento após a micção.
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Presença de sangue na urina.
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Dor ou sensação de queimação ao urinar.
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Necessidade urgente de urinar.
Exames que auxiliam no diagnóstico da hiperplasia prostática
O diagnóstico da hiperplasia prostática é realizado pelo urologista, que avalia os sintomas, o histórico médico e faz o exame físico. Durante a consulta, ele verifica se o paciente apresenta dificuldades urinárias e se há algum histórico de problemas prostáticos.
Um dos exames fundamentais é o toque retal, que permite ao especialista avaliar o tamanho da próstata e verificar a presença de nódulos que possam indicar câncer.
O exame PSA (antígeno prostático específico) também é solicitado. Trata-se de um exame de sangue que mede os níveis dessa proteína produzida pela próstata.
Além disso, exames de imagem, como ultrassom da próstata ou ressonância magnética, podem ser realizados para excluir outras condições, como inflamação ou câncer.
Formas de tratamento
O tratamento da hiperplasia prostática depende da gravidade dos sintomas. Em muitos casos, é realizado um acompanhamento regular do crescimento da próstata, sem a necessidade de tratamento imediato.
Quando os sintomas se tornam mais intensos, podem ser prescritos medicamentos para aliviar a obstrução urinária, ajudando a relaxar os músculos da próstata e da bexiga ou reduzindo o tamanho da próstata.
Caso esses tratamentos não sejam eficazes, a cirurgia pode ser indicada. A remoção de parte ou total da próstata pode ser necessária para aliviar os sintomas e prevenir complicações.
Riscos e complicações
Embora a hiperplasia prostática seja uma condição benigna, ela pode trazer riscos à saúde se não for tratada de forma adequada.
O aumento da próstata pode levar à obstrução do fluxo urinário, o que pode resultar em complicações como infecções urinárias, formação de cálculos na bexiga e, em casos mais graves, insuficiência renal.
Outro risco é a retenção urinária aguda, um quadro doloroso em que a pessoa não consegue urinar, o que pode exigir atendimento médico urgente.
Diferença entre hiperplasia prostática benigna e câncer de próstata
A hiperplasia prostática é um aumento benigno da próstata, geralmente relacionado ao envelhecimento, e tende a causar sintomas urinários, como dificuldades para urinar.
Já o câncer de próstata envolve a formação de células cancerosas na próstata e pode se espalhar para outras partes do corpo, muitas vezes sem sintomas nos estágios iniciais.
A avaliação médica e exames diagnósticos são essenciais para diferenciar as condições e garantir o tratamento adequado o quanto antes para evitar complicações.
Prevenção
A prevenção da hiperplasia prostática envolve um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada, a prática regular de atividades físicas e o controle do peso, além de evitar o consumo de álcool e tabaco.
Homens com histórico familiar de problemas prostáticos devem realizar check-up regular com um urologista.
Qual médico procurar?
O médico especializado no tratamento da hiperplasia prostática é o urologista. O especialista é o responsável por diagnosticar, tratar e acompanhar condições relacionadas ao trato urinário e ao sistema reprodutor masculino, incluindo problemas na próstata.
Fonte: Dr. Eduardo Arnaldi - Urologista