Autor: Dr. Décio Chinzon - médico gastroenterologista
A dosagem de calprotectina fecal é uma das ferramentas que auxilia na avaliação do intestino. O exame é feito a partir de uma amostra de fezes, sendo útil tanto no diagnóstico como no acompanhamento de doenças inflamatórias intestinais.
Calprotectina fecal: o que é?
A calprotectina é uma proteína encontrada principalmente nos neutrófilos (que são células de defesa).
A calprotectina fecal corresponde à calprotectina encontrada nas fezes. A depender da sua concentração, essa substância pode estar associada a um processo inflamatório, servindo como um biomarcador relevante para algumas condições que afetam o trato gastrointestinal.
O que pode causar alterações nos níveis de calprotectina?
Ter pequenas quantidades de calprotectina nas fezes não é um problema. Níveis elevados, porém, podem sugerir uma inflamação intestinal.
Isso porque, diante de um processo inflamatório no trato gastrointestinal, os neutrófilos se dirigem para essa região do corpo e liberam calprotectina. Dessa forma, a substância acaba se misturando com as fezes.
Quando o exame de calprotectina fecal é indicado?
O exame de calprotectina fecal é utilizado para avaliar a presença de inflamação no intestino. Ele pode ser solicitado para analisar pacientes que apresentem, por exemplo, dor abdominal e diarreia com sangue.
Embora esse procedimento não permita identificar exatamente a condição causadora, ele ajuda a investigar casos de doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn e retocolite ulcerativa) e a acompanhar indivíduos que já tenham esses quadros confirmados.
Principais causas das doenças inflamatórias intestinais
Não se sabe com precisão o que causa as doenças inflamatórias intestinais. Mas considera-se que o seu surgimento sofra influência de uma série de fatores, entre os quais estão:
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Disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota intestinal): condição multifatorial que pode ser desencadeada por consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e/ou ricos em gorduras e açúcares, sedentarismo, estresse emocional, doenças (autoimunes, hepáticas ou infecciosas) e uso de medicamentos (antibióticos, anti-inflamatórios ou antiácidos);
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Genética: pessoas com histórico familiar de doenças inflamatórias intestinais podem estar geneticamente predispostas a desenvolver tais quadros.
Preparo para o exame
O exame de calprotectina fecal geralmente não exige um preparo específico. No entanto, é necessário tomar alguns cuidados quanto à coleta da amostra de fezes.
Por exemplo, recomenda-se evitar a coleta durante o período menstrual e aguardar alguns dias caso tenha sido feita uma colonoscopia ou um exame com contraste radiológico via oral.
É fundamental conferir as orientações do médico e do laboratório acerca do procedimento.
Outros exames que auxiliam no diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais
A dosagem da calprotectina fecal é apenas um dos recursos utilizados na investigação de doenças inflamatórias intestinais. Outros exames solicitados para o diagnóstico dessas condições incluem:
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Exames de sangue (como hemograma, VHS, proteína C reativa, ferro e vitamina B12);
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Tomografia computadorizada;
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Avaliação histológica das biópsias ou peças cirúrgicas.
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