Autora: Dra. Roberta Frota Villas-Boas, endocrinologista
O exame de hemoglobina glicada é uma ferramenta importante para detectar casos de pré-diabetes ou diabetes, além de ser útil para monitorar o controle da doença em pacientes já diagnosticados. Veja abaixo mais informações sobre o exame e quando ele deve ser feito.
O que é hemoglobina glicada?
A hemoglobina é uma proteína encontrada nas hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos. Essas células presentes no sangue são responsáveis por transportar o oxigênio para todo o nosso corpo.
Quando a hemoglobina está ligada à glicose (como também são chamadas as moléculas de açúcar), ela recebe o nome de hemoglobina glicada.
Quanto maior a quantidade de açúcar na corrente sanguínea, maior é o nível de hemoglobina glicada no organismo.
O que é glicemia?
Glicemia é o nome dado para a quantidade de açúcar no sangue. Essa quantidade apresenta uma variação normal durante o dia por sofrer a influência da nossa alimentação, de atividades físicas, do tempo de jejum, de medicamentos etc.
Preparação para o exame de hemoglobina glicada
O exame de hemoglobina glicada não requer nenhum tipo de preparo. A pessoa pode se alimentar e seguir sua rotina normalmente antes de realizar o exame.
Como é feito o exame?
O exame de hemoglobina glicada é realizado por meio de uma coleta simples de sangue e não exige jejum como preparo anterior.
Quando o exame de hemoglobina glicada é indicado?
Na maioria dos casos, o exame de hemoglobina glicada é solicitado para:
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Diagnosticar pré-diabetes e diabetes mellitus;
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Realizar o controle glicêmico de pacientes já diagnosticados com diabetes.
Vale dizer que o exame de hemoglobina glicada é diferente do exame de glicose. Este último mede o nível de açúcar no sangue especificamente no momento da coleta, sendo suscetível a alterações caso seja feito logo após uma refeição — por isso, ele requer jejum.
Já o exame de hemoglobina glicada equivale a um valor médio da quantidade de açúcar no sangue de uma pessoa nos último três meses.
Formas de prevenir pré-diabetes
A principal forma de prevenir o pré-diabetes (e o diabetes também) é promovendo mudanças no estilo de vida que possam reduzir o risco de evolução da doença.
Uma atenção especial deve ser dada à alimentação. Confira:
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Controle o açúcar: açúcar refinado, demerara, mel, não importa: em excesso, eles favorecem o ganho de peso e sobrecarregam a produção de insulina do pâncreas, aumentando o risco para diabetes tipo 2.
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Fique de olho nos carboidratos: massas, pães e bolos feitos de farinha branca (os carboidratos simples) são rapidamente transformados em glicose pelo corpo. Prefira os carboidratos complexos, como grãos integrais e frutas, que contém fibras e tornam essa digestão mais lenta.
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Diminua o uso de adoçantes: os artificiais podem comprometer a microbiota intestinal e aumentar o risco para inflamação no corpo, quadro que está ligado ao aumento da resistência à insulina.
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Evite bebidas alcoólicas: elas podem prejudicar o funcionamento do pâncreas e reduzir a produção de insulina no corpo.
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Opte por gorduras saudáveis: prefira azeite, oleaginosas e carnes magras para a alimentação.
Além disso, as atividades físicas também são essenciais por melhorarem o nível glicêmico do corpo. Trinta minutos diários de exercícios aeróbicos, no mínimo cinco vezes por semana, ajudam a combater o pré-diabetes; no entanto, o ideal é combinar o gasto calórico com exercícios de fortalecimento muscular.
Onde agendar exame de hemoglobina
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