Saiba quando a mamotomia é indicada

mamotomia

Ao fazer exames de rastreamento, como mamografia ou ultrassonografia, o objetivo é encontrar lesões bem pequenas, ainda não palpáveis, que possam indicar achados compatíveis com câncer de mama. Se tais alterações forem detectadas, o próximo passo é realizar uma biópsia, como a mamotomia, para ter um diagnóstico definitivo. O exame é rápido e seguro. 

Mamotomia: o que é? 

A mamotomia é uma modalidade de biópsia realizada quando se encontra uma alteração suspeita não palpável em exames como mamografia e ultrassom de mama. Ela é feita com o auxílio de uma agulha grossa, que retira alguns fragmentos de dentro da lesão – sendo chamada também de biópsia de fragmento ou biópsia de agulha grossa. 

Existe diferença entre a mamotomia e a biópsia tradicional? 

Sim. Embora ambos os procedimentos tenham o intuito de analisar uma alteração suspeita e, assim, fornecer um diagnóstico definitivo, elas são conduzidas de maneiras distintas. 

Antes da biópsia de fragmento ser desenvolvida, havia somente a biópsia cirúrgica – que pode ser conhecida por alguns como “biópsia tradicional”. Sempre que se encontrava uma alteração suspeita na mamografia ou na ultrassonografia, a paciente era internada e recebia uma anestesia geral para que a biópsia fosse feita em centro cirúrgico, pois era necessário retirar a lesão para que ela fosse investigada. 

Já a mamotomia é uma biópsia de fragmento. Ela é considerada um procedimento ambulatorial: a paciente faz o exame e retorna para casa em seguida, dando continuidade às suas atividades normalmente. Nesse contexto, somente aquelas que têm diagnóstico de câncer de mama são submetidas a alguma cirurgia – e isso ocorre durante o tratamento, não na etapa de diagnóstico. 

Agendar exames

 

Quando a mamotomia é indicada? 

A mamotomia é indicada para investigar alterações suspeitas encontradas em mamografia ou ultrassom – ou seja, aquelas que são classificadas como BI-RADS 4. Por meio desse exame, é possível analisar os fragmentos retirados de dentro da lesão e, assim, obter um diagnóstico preciso. 

Cabe ressaltar que, de forma geral, cerca de 10% a 30% dos casos correspondem a lesões malignas. E em 70% a 90% das vezes, as lesões são benignas. Isso significa que parte das pacientes que fazem biópsia recebem um resultado benigno. Portanto, deve-se sempre ter em mente que a indicação de mamotomia não significa necessariamente um diagnóstico maligno. 

Esse é um exame importante para investigar melhor as alterações encontradas, sendo útil para eventualmente diagnosticar cânceres em estágio inicial e que, por este motivo, tendem a ser tratados com maiores chances de cura. 

Vale dizer também que, algumas vezes, outras alterações que não são classificadas como BI-RADS 4 precisam ser biopsiadas. É o caso de lesões menos suspeitas em pacientes de risco ou em mulheres que pretendem começar uma reposição hormonal. 

Como o procedimento é realizado? 

A mamotomia é dirigida pelo método que identificou a alteração: na maioria das vezes, ultrassonografia ou mamografia (neste caso, sendo também denominada estereotaxia).  

A paciente fica posicionada como se estivesse na sala de ultrassom ou no mamógrafo, o médico localiza a área que precisa ser biopsiada e, então, faz uma anestesia na pele e introduz a agulha para recolher os fragmentos que serão enviados para análise laboratorial. 

O procedimento é simples e rápido. Ele é feito com anestesia local e considerado pouco doloroso: geralmente, as pacientes suportam muito bem a mamotomia. 

Como se preparar para uma mamotomia? 

A principal orientação consiste em suspender medicamentos à base de ácido acetil salicílico (como aspirina e AAS) três dias antes do exame e três dias depois. No caso de medicamentos anticoagulantes, a suspensão deve ser feita nos sete dias que antecedem o exame, com a autorização do médico que solicitou o procedimento. 

Também se pede que a paciente não utilize talco, desodorante ou cremes na região das mamas e das axilas. Recomenda-se, ainda, que seja feita uma dieta leve – não havendo necessidade de jejum. 

Outros exames que identificam alterações nas mamas 

Os exames mais utilizados para identificar alterações nas mamas são a mamografia e a ultrassonografia. A mamografia é o principal método de rastreamento para câncer de mama: o objetivo é detectar lesões malignas ainda em estágio inicial, o que aumenta a chance de o tratamento ser eficaz. Recomenda-se que mulheres entre 50 e 69 anos de idade façam a mamografia a cada dois anos. 

A ultrassonografia é outro exame que pode auxiliar na detecção de lesões suspeitas, sendo especialmente relevante para pacientes com mamas densas (que têm mais tecido glandular do que gordura nos seios).  

Não há diretrizes sobre a periodicidade com a qual se deve realizar o ultrassom de mama. Por isso, é importante consultar anualmente um ginecologista ou mastologia. Assim, o médico pode conduzir um exame físico e, se necessário, solicitar exames de imagem na periodicidade individualizada. 

Mamotomia: preço e onde agendar 

A mamotomia está disponível na unidade Itaim Bibi do Delboni. Para obter mais informações, consultar preços e marcar o seu exame, basta acessar a nossa plataforma de agendamento.

Agendar exames

 

Fonte: Dra. Flora Finguerman - Radiologista e coordenadora da imagem mamária na Dasa