Entre os possíveis sintomas de câncer colorretal, estão alterações no hábito intestinal, sangue nas fezes e desconforto abdominal persistente. No entanto, tais manifestações não costumam surgir no início da doença. O desenvolvimento desse tumor maligno tende a ser silencioso, o que pode dificultar a detecção precoce do quadro se não forem feitos exames regulares de rastreio.
O que é câncer colorretal
O câncer colorretal é um quadro caracterizado pelo crescimento desordenado de células no cólon (parte do intestino grosso), no reto (final do intestino) e/ou no ânus. Essa doença corresponde a um dos tipos mais prevalentes de câncer no mundo: é o terceiro mais frequente e é a segunda principal causa de mortes relacionadas a tumores malignos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na maioria das vezes, o câncer colorretal afeta indivíduos com 50 anos ou mais – no entanto, também pode acometer pessoas mais novas. Além da idade, existem outros fatores de risco para essa condição, que tem origem multifatorial. São exemplos:
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Obesidade;
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Tabagismo;
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Sedentarismo;
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Alimentação rica em carnes vermelhas ou processadas e pobre em frutas e fibras;
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Consumo excessivo de álcool;
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Histórico familiar de câncer colorretal;
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Doenças crônicas (como colite ulcerativa, doença de Crohn e diabetes tipo 2).
Sintomas de câncer colorretal avançado
Geralmente, não há sintomas nos estágios iniciais de câncer colorretal. Já em fases mais avançadas, pode haver:
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Presença de sangue nas fezes;
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Dor e cólica abdominal persistentes;
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Alterações no hábito intestinal (com surgimento de diarreia, constipação ou fezes muito finas e compridas, por exemplo);
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Emagrecimento sem causa aparente;
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Anemia ferropriva;
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Fadiga.
Importante ressaltar que tais manifestações podem sinalizar outros diagnósticos, que não o de câncer colorretal. Por isso, é fundamental consultar um médico para que seja feita uma investigação caso a caso.
Diagnóstico e exames para câncer colorretal
O diagnóstico de câncer colorretal é realizado principalmente com o auxílio da colonoscopia. Durante o procedimento, o médico insere um colonoscópio (aparelho fino e flexível com câmera e luz na extremidade) pelo reto do paciente, que permanece sedado e não sente desconforto. Assim, são geradas imagens do interior do intestino, permitindo identificar a presença de lesões.
Também podem ser solicitados exames complementares, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, para verificar a extensão da doença e obter outros detalhes que possam ajudar a planejar o tratamento.
Vale dizer ainda que se recomenda o rastreamento para adultos, por volta dos 50 anos de idade, com o objetivo de detectar lesões que têm potencial de se tornarem malignas e removê-las antes que isso ocorra. O rastreio pode ser feito pela colonoscopia ou pelo exame de sangue oculto nas fezes (que não é invasivo e, conforme o resultado, pode sinalizar a necessidade de colonoscopia).
Recomenda-se consultar um médico para que ele forneça orientações sobre quais exames realizar e com qual periodicidade, com base nas particularidades de cada pessoa.
Tratamentos para câncer colorretal
A abordagem terapêutica mais adequada varia de acordo com o estágio da doença e com as características próprias de cada paciente. Mas, de forma geral, são consideradas a cirurgia (para remover o tumor) e a quimioterapia e a radioterapia (para diminuir a lesão ou reduzir o risco de recorrência).
Muitas vezes, a cirurgia é uma opção para tumores no cólon em estágio inicial, podendo ser feitas quimioterapia ou radioterapia antes ou depois. Para tumores no reto ou no ânus, geralmente são indicadas, com maior ênfase, a quimioterapia ou a radioterapia – mas também há a possibilidade de realizar uma cirurgia ao longo do tratamento.
Cirurgia para câncer colorretal
A cirurgia é o principal método utilizado visando curar ou controlar a doença. Essa intervenção pode ser conduzida da maneira convencional ou por meio de procedimentos minimamente invasivos, como videolaparoscopia e cirurgia robótica.
A depender da localização e do tamanho do tumor, podem ser realizadas apenas a ressecção local (remoção do tumor e de margens de tecido saudável) ou, então, a remoção de parte ou de todo o órgão afetado. Em algumas situações, pode ser necessário o uso temporário ou permanente de bolsa coletora (colostomia) para evacuação das fezes.
Câncer colorretal tem cura?
É possível curar o câncer colorretal, mas a resposta ao tratamento varia de paciente para paciente. O prognóstico é influenciado por uma série de fatores, envolvendo características específicas tanto do tumor quanto do indivíduo. Em geral, as chances de cura são maiores nos casos de detecção em estágio inicial.
Especialistas em câncer colorretal: qual médico procurar?
O gastroenterologista é o médico especializado em condições que afetam o trato gastrointestinal. Esse profissional está apto a avaliar pacientes com alterações intestinais que sugiram câncer colorretal e, se julgar necessário, encaminhá-los a um cirurgião do aparelho digestivo ou a um oncologista.
Fonte: Dra. Clarisse Ponte - Endocrinologista
