O zumbido no ouvido, também conhecido como tinnitus, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Suas causas variam de exposição a ruídos altos a condições médicas, como infecções do ouvido ou problemas na articulação temporomandibular (ATM).
Continue a leitura para saber mais sobre as causas do zumbido no ouvido, como se dá o diagnóstico e o tratamento.
Zumbido no ouvido: possíveis causas
O zumbido no ouvido pode ocorrer devido a diversos fatores. Os mais comuns são:
- Perda de audição relacionada à idade (presbiacusia).
- Exposição prolongada a ruídos de alta intensidade.
- Excesso de cerume (cera) no ouvido.
- Alterações na estrutura do ouvido, como crescimento anormal dos ossos ou disfunções da tuba auditiva.
- Lesões na cabeça ou pescoço.
- Hipertensão, Diabetes e hipertireoidismo.
- Efeito colateral de alguns medicamentos, como antibióticos, diuréticos, quimioterápicos.
- Esclerose múltipla ou tumores.
- Aneurismas.
O que é tinnitus?
Tinnitus é o nome técnico usado para descrever o zumbido no ouvido. Essa condição envolve a percepção de sons sem uma fonte externa correspondente e pode se manifestar como zumbido, chiado, assobio, rugido ou outros tipos de som.
O termo "tinnitus" é bastante utilizado na literatura médica e entre os profissionais de saúde para descrever essa condição.
Exames para identificar as causas do zumbido no ouvido
Os principais exames que podem ser solicitados para determinar a causa e avaliar a gravidade dos zumbidos são:
- Avaliação médica: o médico avalia os sintomas, histórico médico, exposição a ruídos altos, medicações em uso e outras condições de saúde.
- Exame físico para verificar a presença de cerume, infecções ou outros problemas.
- Audiometria (teste de audição): avalia a capacidade auditiva do indivíduo, mede a percepção de sons em diferentes frequências e intensidades.
- Timpanometria: avalia a função do ouvido médio e a mobilidade do tímpano e dos ossículos.
- Teste de reflexo acústico: avalia problemas no ouvido médio e nas vias nervosas auditivas.
- Ressonância magnética: detecta tumores e anomalias estruturais no cérebro e no ouvido interno.
- Tomografia computadorizada: visualiza estruturas ósseas do ouvido e detectar alterações ósseas.
- Exames laboratoriais: testes de sangue descartam problemas de saúde, como diabetes e alterações na tireoide.
Zumbido no ouvido pode causar dor?
Sim. Dependendo da causa, o zumbido no ouvido pode estar associado a dor.
A otite média (infecção no ouvido) e a mastoidite (infecção da mastoide, a estrutura óssea localizada atrás do ouvido) podem causar dor intensa, sensação de pressão, perda auditiva e tinnitus.
Além disso, o acúmulo excessivo de cera pode causar pressão e dor no ouvido, além de resultar em zumbido.
Distúrbios da articulação temporomandibular (ATM) também causam dor na mandíbula e no ouvido, sendo uma causa comum de tinnitus.
Lesões ou traumas na cabeça ou no pescoço podem provocar dor devido a danos nos nervos ou estruturas auditivas, resultando em zumbido.
Prejudica a audição?
O zumbido no ouvido não prejudica a audição diretamente, mas pode estar associado a condições que causam perda auditiva.
É o caso da perda auditiva relacionada à idade, exposição a ruídos altos, otosclerose (calcificação e rigidez dos ossículos do ouvido), infecções no ouvido e tumores benignos.
Tratamentos para o zumbido no ouvido
O tratamento para zumbido no ouvido varia de acordo com a causa e gravidade dos sintomas. Veja abaixo as principais abordagens terapêuticas:
- Uso de aparelhos auditivos para ajudar a mascarar o zumbido.
- Terapia sonora, como o ruído branco para diminuir o sintoma.
- Reabilitação auditiva.
- Medicamentos para tratar infecções.
- Remoção de cerume.
- Cirurgias, em casos de otosclerose ou tumores.
- Mudança no estilo de vida: diminuir consumo do café, açúcar e abandonar o tabagismo e as bebidas alcoólicas.
Qual médico procurar?
Quem está com zumbido no ouvido deve procurar um otorrinolaringologista. Esse médico é especializado em doenças do ouvido, nariz e garganta e pode ajudar a diagnosticar a causa do zumbido e recomendar o tratamento adequado.
Autor: Dr. Rafael Monaco - otorrinolaringologista